Após o surgimento da humanidade e com a luta pela sobrevivência, o homem passou a acumular bens (material para o seu mantimento), dando origem à contabilidade, através do registro dos bens que possuíam por meio de gravuras em caverna; método este usado para o controle e mensuração do que tinham. Neste período, era difícil manter este controle, já que eram povos nômades, porém, com o sedentarismo, a humanidade se voltou para a organização da agricultura e do pastoreio, o que foi de fundamental importância. A agricultura possibilitou que a comunidade se separasse em territórios e começassem a acumular suas riquezas, definindo assim, a individualidade, o conceito de propriedade e herança, este último, ao perceber que esses acúmulos poderiam ficar para seus filhos e netos, etc., prporcionando facilidade na vida dos mesmos.
Surgiram então, novos problemas:
como quantificar a riqueza em uma época em que não havia número, escrita ou
qualquer sistema numérico ou monetário para manter o controle das trocas? Como
evitar que elas não fossem feitas de forma desvantajosa, de forma que algo que
valesse mais não fosse trocado por outra mercadoria de um valor menor?
Além do controle de suas riquezas
o homem passou a necessitar de um controle para mantê-las estáveis ou se fosse
necessário subtrair suas riquezas, que fosse ao mínimo possível, em tempos em
que eram limitados os métodos de caça, de defesa, de agricultura e de
organização das pequenas comunidades que iam surgindo.
Logo, as primeiras contagens
deram-se através de pedras. Cada pedra representaria uma ovelha do rebanho, que
era um dos principais meios de troca, assim seria possível mensurar sua riqueza
em um determinado momento. Mas o homem não ficou satisfeito em
ficar quantificando o que tinha, ele precisava de outras coisas como
instrumento de caça e pesca, agasalhos, que poderiam ser trocados por ovelhas
ou utilizarem as próprias ovelhas para produzirem seus agasalhos.
Começam as relações de troca, e
assim surge a necessidade de organização e controle das trocas para não haver
uma desvantagem na troca, se aproveitando da necessidade de um dos trocadores.
A partir de então a contabilidade começou a evoluir, essa forma de controle que
surgiu foi o que atualmente é chamado de inventário, mas a evolução continuou,
as relações de troca se tornaram mais organizadas e as terras começaram a ser
tributadas pelos líderes das comunidades, como no Antigo Egito em que já eram
cobrados tributos para se utilizar das margens dos rios e já existia um padrão
monetário, sendo os egípcios os primeiros a estabelecer o padrão monetário em
suas relações comerciais
A escrita foi se aprimorando de
modo a possibilitar a qualificação e a quantificação de seus patrimônios,
contribuindo para uma melhor organização das relações comerciais.
Com o surgimento do papiro os primeiros livros
de contabilidade tiveram sua origem, entretanto, foi no Renascimento que os
comerciantes sentiram a necessidade de utilizar um método mais eficaz nos
registro dos devedores e credores, o método das partidas dobradas, mas o método só foi consolidado através
da publicação de Frei Luca Pacioli, que
apesar de não ter sido o primeiro autor com um livro com conteúdo contábil, foi
o que atingiu maior destaque, isso se deve ao fato de que ele teve a primeira
edição impressa, já existiam outras obras, entretanto eram manuscritas, a obra
de Luca Pacioli de maior destaque,
foi a que que ele inseriu seu tratado de contabilidade e escrituração foi
o “Summa de Aritmética, Geometria,
Proporções e Proporcionalidade”, publicado em Veneza, na Itália. Pode-se então, considerar que a partir desta publicação, a contabilidade
começou a ser regularizada e passou a adquirir “forma de ciência” tornando-se
algo além de uma forma de registro, caracterizando-se como uma verdadeira
ferramenta na tomada de decisões e gestão das empresas.
Autores
Sergiane Oliveira Ferreira
Emerson Mateus Lima de Oliveira
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